segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Como as crianças veem a rua onde moram, o bairro, a cidade...o planeta?

Em junho deste ano, publiquei indicações de leitura de férias para educadores. Uma destas obras intitula-se “Como as crianças veem a cidade”.
Trata-se de uma pesquisa realizada com estudantes de Ensino Fundamental na cidade do Rio de Janeiro.
“Os resultados nos propõem uma análise bastante interessante sobre as visões das crianças a respeito de temas como: poluição, trânsito, moradia, o centro e as belezas da cidade. Nota-se ao longo da leitura e com análise criteriosa dos autores, que as ideias das crianças em alguns momentos são construídas por sua própria observação e vivência e em outros a reprodução das falas dos adultos ou pela mídia local. A leitura deste texto nos dá margem a pensar projetos de estudos bastante significativos que levem os alunos a descobrirem e pensarem criticamente as cidades onde vivem.” ( http://sala-do-professor.blogspot.com/2009_06_01_archive.html)
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Proposta de Projeto de Trabalho:
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Em primeiro lugar convido-os à leitura da obra: " Como as crianças veem a cidade" - Arno Vogel, Vera Lucia de O. Vogel, Gerônimo E. de A. Leitão - Ed Pallas – 2006. A partir daí, torna-se mais fácil entender a proposta e fazer as adaptações à faixa etária com a qual o projeto será desenvolvido.
O objetivo central é a educação para a cidadania. Levar os alunos a conhecerem e a olharem criticamente para o lugar onde vivem para que possam refletir e sugerir mudanças possíveis. Conhecer a história e as necessidades do lugar em que se vive é uma forma de preservá-lo.
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Sugestão para a seleção de temas:
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1. Moradiaa casa em que moro. Como é - casa ou apartamento? De que material é feita? Quantas pessoas moram na casa? Qual o tamanho? Quem construiu? O que falta? É agradável viver lá?...
Propor questões que deem margem à exploração histórica do local, os benefícios, as necessidades, as relações entre as pessoas, etc.
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2. Minha rua. Qual é o nome? E o Cep? Há quanto tempo mora lá? Quem são os vizinhos? A rua é asfaltada, larga, movimentada, arborizada? Perigos? Tipos de casa e/ou comércio que existem na rua? Tem coleta de lixo seletiva? Quais as necessidades?...
Pesquisar sobre o nome da rua e a origem da vizinhança é conhecer a história do local. Refletir sobre as necessidades é desenvolver cidadania.
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3. O bairro onde moro. Nome do bairro? Qual sua história? É antigo? As ruas são asfaltadas? Iluminadas? Tipo de comércio? Transporte coletivo? Posto de saúde? Escolas, igrejas? Quem são os representantes do bairro? (em alguns municípios existe a Associação de Bairro, em outros os Presidentes dos bairros). Curiosidades do bairro em que mora? Existe algum ponto turístico no bairro? Necessidades?
Propor a investigação da história do bairro e seu desenvolvimento. Como era e como é atualmente? O que se perdeu e o que se ganhou? Discutir a questão do progresso, dos benefícios e em contra partida a poluição, o transito e a segurança do local. Neste momento é possível a leitura de mapas e guia de ruas. Mapear o bairro e suas necessidades a fim de desenvolver a capacidade critica de buscar melhorias e não apenas reclamar do que há de errado.
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4. Nossa cidade. Nome, histórico e geografia da cidade, população, origem dos habitantes, pontos turísticos. O centro e os bairros. Economia. Transportes. Representantes políticos – prefeito, vereadores... Necessidades, melhorias e curiosidades...
Propor a investigação da história da cidade e seu desenvolvimento. Como era e como é atualmente? O que se perdeu e o que se ganhou? Discutir a questão do progresso, dos benefícios e em contrapartida a poluição, o transito e a segurança do local.
Mapear a cidade com rios, represas, divisão dos bairros, pontos turísticos, tipos de transporte a fim de fazer uma análise critica das necessidades e ser capaz de sugerir e exigir melhorias.
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Desenvolvimento:
As fontes de pesquisa vão desde a observação propriamente dita dos espaços a entrevistas com moradores e autoridades, arquivos de jornal e revistas, museus, internet, consulta a mapas , guias de rua, etc.
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-Desenho – o desenho é considerado a primeira forma de expressão utilizada pelo homem como registro de sua história até o aparecimento da escrita. Desenhar o que se vê ou o que se idealiza a respeito dos temas propostos é um exercício de observação e registro fascinante. Para as crianças menores, ainda não alfabetizadas, uma estratégia de comunicação gráfica e para os maiores um desafio, pois de posse da linguagem escrita abandonam outras formas de comunicação.
Recorrer ao desenho como registro fiel das observações tem sido o foco do programa “Jovens Ilustradores” promovido pela Vale em várias cidades do Brasil. Os cursos sobre ilustração botânica e ilustração cientifica resgatam a observação e o uso de lápis, borracha e tintas coloridas num mundo dominado por tecnologias digitais.
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-Fotografia: A fotografia é uma forma de expressão e registro de um fato. É como se congelássemos uma situação como forma de informar um acontecimento, uma experiência, sentimento ou emoção.
Fotografar é também uma forma de denunciar ou chamar a atenção para abusos ou belezas do que acontece nas ruas, nos bairros e na cidade. Proponha aos alunos fotografarem o que consideram interessante e criem as legendas para cada imagem.
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Para saber mais:
- “Nosso olhar – fotografia e cidadania”. A fotografia como forma de inclusão social http://www.girassolidario.org.br/index.php?can_cod=24&con_cod=74
- Impressões do mundo - Fotógrafa japonesa Hikaru Nagatake viaja por vários países levando câmeras para que crianças revelem a sua impressão do mundo.
http://www.ipcdigital.com/br/Noticias/Comunidade/Projeto-leva-fotografia-para-escolas-brasileiras
-“Fotolibras” - Projeto de Fotografia Participativa com Jovens Surdos que tem por objetivo utilizar a fotografia como meio de expressão e comunicação, aumentando a visibilidade e inclusão da comunidade surda através da criação e divulgação de fotografias feitas por jovens surdos. http://www.fotolibras.org/projeto.html
- “O ambiente escolar na visão das crianças através da fotografia” http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/CH/CH_01879.pdf
- “Fotografia muda vida de crianças e adolescentes de Goiana”
http://pe360graus.globo.com/noticias/cidadania/responsabilidade-social/2009/02/26/BLG,554,25,391,NOTICIAS,800-FOTOGRAFIA-MUDA-VIDA-CRIANCAS-ADOLESCENTES-GOIANA.aspx

Produção de texto: Os autores da pesquisa usaram como estratégia de coleta de dados com os alunos das últimas séries do Ensino fundamental, a produção de cartas pelos alunos. As cartas eram endereçadas às autoridades competentes e relatavam os problemas da cidade observados pelos estudantes. Cartas pode ser uma das modalidades de texto. Elas podem denunciar ou fazer reinvindicações
Além de cartas, fotos e desenhos podem se transformar em cartões-postais que levam no verso um rápido depoimento sobre o lugar. Ou ainda, transformar-se num outdoor com uma rápida mensagem que convença o leitor. Outro recurso significativo para o uso da produção de texto é a criação de um jornal cujas noticias são resultado da pesquisa dos alunos. Aqui treina-se um outra modalidade de escrita: o texto jornalístico. E outro recurso que reúne imagem e texto é a criação de blogs.
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O produto final deste projeto de pesquisa fica por conta dos participantes–autores. São eles que resolvem como socializar as informações com a comunidade.
O mais importante é que ao final deste processo os alunos tenham uma visão diferenciada de sua rua, bairro e/ou cidade e contribua para a manutenção e preservação das mesmas.
Variações sobre o mesmo tema:
Como variações sobre o mesmo tema, todas as estratégias podem ser desenvolvidas pelos professores de línguas estrangeiras.
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Bom trabalho.
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Um abraço,
Maria Angela
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( comente esta proposta)
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Feliz Dia do Professor


Não, esta não é uma tarefa fácil. Mas, só quem vive a vida dentro da escola sabe o quanto interessante, fantástica e gratificante é esta profissão.
Uma experiência fascinante é caminhar pelo corredor de uma escola.
Em cada sala de aula um mundo diferente acontece. Pequeninos descobrem a escrita de novas palavras, outros experimentam a medição de cubos e cilindros. Numa sala, falam em espanhol enquanto na outra se discute a vida nas cavernas. Mais adiante, alguns experimentam misturas químicas enquanto outros refletem sobre a moral e a ética. Numa sala comunicam-se agora em inglês e na sala em frente analisam e comparam as obras de Picasso e Van Gogh. Lá fora, ouvimos os gritos de euforia durante uma partida de voleibol, enquanto na sala em frente, uma música suave é tocada nas clarinetas.
Amanhã, será tudo diferente. Mesmo que as atividades pareçam ser as mesmas, um novo mundo se abre para crianças e jovens.
E quem é o responsável por tudo isso? Quem dá vida aos textos dos livros e instiga a todos a novas descobertas?
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Parabéns Professor!
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Receba meu respeito, meu eterno agradecimento e uma maçã!
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Com carinho,
Maria Angela
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Uma frase do Mestre Paulo Freire:
"A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda. Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre."
Paulo Freire
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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Diversidade social e cultural




"Todos os homens nascem iguais e todos têm o mesmo direito"
Declaração dos Direitos Humanos
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Educar para a cidadania é, antes de tudo, educar para viver em sociedade. Educar de modo que todos entendam que a realidade vai muito além daquilo que vemos em nossas casas, nas ruas de nosso bairro, nos espaços de lazer que frequentamos.
Há dois mundos distintos que separam os alunos das escolas publicas e privadas espalhadas pelo mundo. Afinal, o Brasil não é um país com o “privilegio” de ter pobreza, miséria e grandes diferenças sociais. Elas estão por toda parte, em todos os contextos sociais, sob qualquer regime político.
Afinal, o que sensibiliza nossos jovens e crianças para o respeito às diversidades e a cidadania ? A briga entre adolescentes incentivada por uma mãe e filmada por um colega? A professora hospitalizada por conta de um bloco de concreto jogado no parabrisas de seu carro? Os moradores das cidades do sul e sudeste do país que tiveram suas casas destruídas pela chuva, enchentes e tornados? Trabalhadores que invadem o lixão das cidades durante a madrugada, enfrentando baixas temperaturas e risco de contaminação, em busca de lixo reciclável? A doença provocada pela contaminação das águas das enchentes? A falta de recursos para uma educação melhor? A fome?
Podemos dizer que a linha que separa os “mundos escolares”, enquanto divisão de classes e realidades, tem o nome de aceitação ou conformismo. Isto é, a não indignação para o modo como cada um dos seres humanos vive ou sobrevive.
Aceitar ou conformar-se de que a realidade da fome é, para algumas crianças, satisfazer-se com o que é colocado a sua frente sem questionar se tem “cebola”, “molho de tomates” ou com que tempero foi preparado. Sem direito ao “não gosto, não quero!”
Que a realidade da educação é para muitos, sentar-se em bancos quebrados numa sala com goteiras, usar livros usados, ir de chinelo furado para a escola e ficar muito feliz quando ganham um lápis novo sem o direito de escolha : “quero o caderno com a capa do herói da TV , mochila de rodinhas da Hello Kitty e tênis Nike”. E para muitos outros é a merenda ou o vale-leite ao qual terão direito.
A violência não é fruto deste século, nem nos anteriores. Ela existe desde que o homem sente fome: fome do poder, fome de direitos, fome de feijão com arroz, fome de conhecimento, fome da aceitação, fome de respeito, fome de reconhecimento.
Educar para a cidadania é antes de tudo educar para o desenvolvimento das inteligências “inter e intrapessoal“ , conhecimento de si mesmo –quem sou? Como sou? Minhas possibilidades e limites? Meus valores ?- E colocar-se no lugar do outro, sensibilizar-se, contribuir para a transformação positiva da realidade que o cerca.
Um desafio para o educador e para as famílias que, muitas vezes preocupados com a segurança de seus filhos, os enclausura em cúpulas superprotetoras, impedindo a visão mais ampla do mundo que o rodeia.
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A fim de auxiliar nesta tarefa selecionei alguns materiais que podem ser úteis para o desencadeamento de projetos de estudos no que diz respeito à Educação para a Cidadania . Vale lembrar que este é um tema que não se ensina, mas que são aprendidos a partir da oportunidade de questionamentos, de vivência e do convívio com modelos positivos.
Minha sugestão é sensibilizar o grupo com um destes curta-metragens (ou com ambos):
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“Ilha das Flores”
Diretor: Jorge Furtado
Ano: 1989
Duração: 13:00
Discute, de modo didático e bem humorado a formação da sociedade de consumo. Acompanha a trajetória de um “tomate” desde a sua plantação até virar lixo. Neste percurso dá pistas da geração de riquezas e desigualdades sociais.
Disponível em:
http://video.google.com/videoplay?docid=5310352391555601366
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“Chicken a la Carte”
Diretor: Ferdinand Dimadura
Ano: 2005
Duração: 06:09
O filme trata da fome e da pobreza decorrente do processo de globalização. Chama a atenção para o fato que em todo o mundo, cerca de dez mil pessoas morrem todos os dias de fome e desnutrição. Mostra uma parcela da população esquecida pela sociedade e que sobrevive daquilo que não serve mais ao homem.
O propósito desta produção é o de sensibilizar para as diversidades e desigualdades tão marcantes na atualidade. As imagens são tão claras que dispensam a tradução dos textos em inglês.
Disponível no final deste post.
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Proposta de Projeto de Trabalho:
A partir da discussão dos filmes, elencar com o grupo os subtemas possíveis para pesquisa (violência, fome, desigualdade social, oportunidade de trabalho, lixo X luxo, desperdício, direitos humanos, políticas públicas, doença, contaminação, preservação de meio ambiente, trabalho social, educação de qualidade, liberdade e escolha, etc).
Lembrem-se de que um projeto de pesquisa parte de um questionamento, uma pergunta a ser respondida. Desafie seus alunos a pensarem os “por quês” e os investigarem.
Quanto o produto final das pesquisas, que tal a produção de documentários (com os recursos que tiverem), diários, folders, instalações, blogs, seminários...
Selecionei três indicações bibliográficas a fim de auxiliar o processo de construção do projeto, isto é, desenvolver nos estudantes auto-conhecimento e reflexão a cerca do conviver. Caso contrário, corre-se o risco de se fazer um “tarefão” e uma “super exposição de trabalho aos pais”, mas que no final não transforma ninguém.
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- Coleção Dialogando e Refletindo : CidadaniaVol. 5 – Naldemir Maria Mendes – Ed Vozes – 2004
- Eu& os outros – Melhorando as relaçõesIacocca – Ed. Atica – 1998
- Programa vivendo valores na EducaçãoAtividades com valores para Estudantes de 7 a 14 anos – Diane Tillman - Ed. Confluência – 2004
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Cabe a cada educador adaptar material e atividade de acordo com o grupo com o qual trabalha: faixa etária, recursos disponíveis, experiências extra-curriculares, necessidades do grupo, etc.
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Bom trabalho!
Um abraço,
Maria Angela

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Leituras de Darwin

Em comemoração aos 200 anos do nascimento do cientista naturalista Charles Darwin, a Universidade de São Caetano do Sul -SP em parceria com o SESC -SP, abrem o campus da universidade entre os dia 14 e 19 de setembro para a mostra Leituras De Darwin.
Colóquio, palestras, exposições, oficinas e mini cursos apoiados em quatro eixos temáticos: Naturalismo, Evolução, Etologia e Antropologia. Referencia a vida e obra do cientista fazem parte da programação do evento. Além de apresentações musicais e teatro.

Destaques da programação:
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PAINEL DE ABERTURA (transmissão simultânea via Web) "Darwin no contexto científico e social". Com o Prof. Dr. Aziz Ab'Saber, geógrafo, Presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Professor-emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e professor-honorário do Instituto de Estudos Avançados da mesma universidade.
Dia 14/09, às 19h. Local: USCS - Campus I. Av. Goiás, 3400, São Caetano do Sul.
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INSTALAÇÃO INTERATIVA - Instalação lúdica e interativa abordando a vida e a obra de Charles Darwin e os desdobramentos da sua teoria na atualidade.
De 14/09 a 19/09 (segunda a sexta das 8h às 21h30; Sábado, das 9h às 17h30).
Local: USCS Campus I. Av. Goiás, 3400, São Caetano do Sul. (Não é necessário inscrição)
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Entre os palestrantes os destaques são: Prof. Dr. Carlos Rodrigues Brandão (Unicamp), Profª. Dra. Maria Isabel Pinto Ferreira Landim (Museu Zoologia - USP), Prof. Dr. Nélio Bizzo (USP) e o jornalista Marcelo Leite (Folha/SP, Editorial Ciência)
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Agenda:
As leituras de Darwin
De 14 a 19 de setembro/2009
Local: USCS -Av. Goiás, 3400, São Caetano do Sul- SP
SESC São Caetano -Rua Piauí 554 - Bairro Santa Paulo - S. Caetano do Sul- SP
Informações e inscrições: http://www.uscs.edu.br/index.php
Agendamento das escolas:11-4239-3355
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Um abraço,
Maria Angela

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Gestores, organizem sua agenda!

Semana da Educação 2009
Reflexões sobre a Gestão Escolar
14 de Outubro

Manhã: das 9h às 12h30
APRESENTAÇÃO DAS PESQUISAS: “PERFIL DO DIRETOR ESCOLAR” E “PRÁTICAS COMUNS À GESTÃO ESCOLAR EFICAZ”.

José Francisco Soares
Ph.D em Estatística. Professor titular do Departamento de Estatística da Universidade Federal de Minas Gerais. Coordenador do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais (Game), da UFMG.

Fernando Abrúcio
Doutor em Ciência Política pela USP. Professor e Coordenador do Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo da FGV-SP.

Tarde: das 14h às 17h30
O DESAFIO DA GESTÃO PARA RESULTADOS NO ENSINO MÉDIO.

Wanda Engel
Superintendente Executiva do Instituto Unibanco. Doutora em Educação e professora titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Carlos Artexes Simões
Diretor de Concepções e Orientações Curriculares para Educação Básica da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.

Vanessa Guimarães
Secretária de Estado de Educação de Minas Gerais. Professora Emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


Local: Centro Cultural FIESP-Ruth Cardoso Teatro do SESI
Avenida Paulista, 1313 - Cerqueira César São Paulo, SP
Inscrições de 1 a 30 de setembro ( gratuitas)
Informações: semanadaeducacao@sirin.com.br

Um abraço,
Maria Angela

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dois vídeos que valem a pena

Os titulos são quase idênticos, o conteúdo diverge na forma , mas ambos nos levam a reflexões muito interessantes acerca do bombardeamento diário de ideias de consumo de bens muitas vezes desnecessários a nossa vida .
Dois filmes que valem a pena serem vistos e discutidos com os pais, as crianças , os jovens e educadores.
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" Criança, a alma do negócio"
Documentário produzido a partir do resultado de uma pesquisa realizada com crianças na cidade de São Paulo nos mostra como está inserido no cotidiano infantil, o valor do ter e do consumo, bem como os efeitos da publicidade no desenvolvimento das crianças. Propôe uma reflexão a medida em que especialistas discutem as falas das crianças entrevistadas.
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Direção Estela Renner
Produção Executiva Marcos Nisti
Maria Farinha Produções
Ano : 2008
Brasil
Veja em:
http://mais.uol.com.br/view/174629
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"A alma do negócio"
Curta metragem conta a história de um casal de classe média desde o momento em que despertam e até o final do café da manhã. Interessante observar o conteúdo desta conversa. O quanto falam de si mesmos, as manifestações de carinho, o que lhes dá prazer.
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Direção: José Roberto Torero
Elenco: Carlos Mariano, Renata Guimarães
Ano 1996
Duração 8 min
País Brasil
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Um abraço,
Maria Angela

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Mais noticias sobre ENEM


Questões-modelo da nova prova serão divulgadas pela internet
Quarta-feira, 29 de julho de 2009 - 15:53
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulga à meia-noite desta quarta-feira, 29, um compilado de 40 questões-modelo do novo exame nacional do ensino médio (Enem). São dez questões para cada uma das quatro áreas avaliadas: ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias, e matemática e suas tecnologias. Serão quatro arquivos em formato PDF, cada um com o devido gabarito e indicação sobre a quais habilidades da nova matriz do Enem estão relacionadas as questões.
A mudança do Enem o aproxima das diretrizes curriculares nacionais e dos currículos praticados nas escolas, mas sem abandonar o modelo de avaliação centrado nas competências e habilidades. Os exemplos de questões foram elaborados a partir de critérios técnicos e pedagógicos, com itens contextualizados e voltados para a realidade do cidadão.
A divulgação dos itens-modelo visa aproximar os futuros participantes da nova estrutura de prova do Enem, reformulado neste ano. O gabarito vai permitir a checagem das alternativas corretas e a melhor compreensão das habilidades abordadas, mas não será possível simular uma nota dentro da nova escala proposta para o Enem 2009, em teoria de resposta ao item (TRI). O material estará disponível na página do Inep.
É importante lembrar que cada um dos quatro testes do Enem 2009 será composto por 45 itens de múltipla escolha, totalizando 180 questões. No dia 3 de outubro, sábado, serão aplicados 45 itens de ciências da natureza e suas tecnologias e 45 itens de ciências humanas e suas tecnologias. A 4 de outubro, domingo, serão 45 itens de linguagens, códigos e suas tecnologias e 45 itens de matemática e suas tecnologias, além de uma proposta de redação. Essa configuração permitirá ao Enem 2009 a aferição mais exata das proficiências de todos os participantes do exame.
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Fonte: Assessoria de Imprensa do Inep
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Um abraço,
Maria Angela

segunda-feira, 13 de julho de 2009

“Passa Livro – histórias que circulam na praça”

Há alguns meses li uma reportagem a respeito da interessante experiência vivida pelo jornalista Rodrigo Ratier na cidade de São Paulo. Rodrigo colocou em seu carro uma caixa contendo obras de autores variados e circulou pelas ruas oferecendo os livros aos pedintes e ambulantes que cercavam seu carro nos semáforos da cidade. Rodrigo conta que não houve recusa e havia quem lhe pedisse mais de um.
Esta história chamou minha atenção para os livros que estavam acomodados nas prateleiras de minha casa havia anos, apenas ficando cada vez mais amarelos e cheios de ácaros.
Resolvi adaptar a experiência do jornalista para a vida de Poços de Caldas – afinal, não encontramos pedintes e vendedores nos semáforos daqui.
Denominado “Passa Livros” (nome inspirado na brincadeira infantil “passa anel”), preparei um recadinho que foi colado em todos os livros:
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“Passa Livro – histórias que circulam pela praça”
Olá, cuide bem deste livro e após desfrutar desta leitura, ofereça-o a alguém, aqui mesmo onde o recebeu. Não deixe que esta história fique aprisionada novamente na estante. Permita que outros possam ter a mesma oportunidade que você. Faça as histórias circularem pela praça.

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A ideia inicial era distribuir os livros nas praças da cidade e dar a cada um a responsabilidade de fazer o livro / histórias continuarem a circular.
Esta manhã fazia muito frio -apesar de céu claro e sol brilhante. Depois de fazer minha caminhada matutina, desta vez com olhar atento aos que transitavam pela praça, voltei para o carro, peguei a primeira pilha de livros e comecei a distribuição.
Procurei abordar inicialmente os trabalhadores da praça -jardineiros e varredores- mas fui oferecendo os livros a todos que me pareciam abertos a me receber.
O primeiro deles foi um jardineiro: trocamos algumas informações de ordem técnica sobre jardins e gramas, daí perguntei a ele se gostava de ler e se aceitava um livro. Inicialmente não quis, mas depois que seu companheiro de trabalho pediu para ver os livros e aceitou um, voltou atrás e escolheu um para si também.
Logo em seguida duas senhoras que tomavam sol recusaram meus livros, mas a “festa” ficou por conta das senhoras que varriam os jardins. Nenhuma delas recusou. Algumas levaram mais de um livro. Um sorveteiro disse-me que gostava de ler jornais, então dei a ele uma revista.
Outra pessoa, que afirmava gostar de ler, questionou-me se não faria falta para mim o livro que ofereci. Um senhor que descansava após caminhar ficou surpreso com minha atitude e me parabenizou. Um grupo de garotas usou a expressão “Que massa!” para a ideia de distribuir livros.
Quando eu carregava a última pilha de livros, duas senhoras que varriam a calçada me chamaram de longe: “hei, você não é a ‘moça dos livros’? Eu queria um também!” – acabou levando dois. Um rapaz, artista de rua, disse-me que eu realizaria um sonho se pudesse lhe dar os livros de arte. Ganhou os livros.
As manifestações foram variadas, surpreendentes e até emocionantes.
Todos receberam os livros com duas únicas recomendações: aproveitar a leitura e passar o livro adiante! Meu dia foi muito especial, podem ter certeza.
Como pouco se cria, mas muito se transforma, fica aqui minha sugestão: livro na estante só tem vida quando manuseado e lido por alguém, caso contrário só ocupa espaço e cria ácaros. Faça acontecer em sua cidade ou bairro um “Passa Livros” também. Mas, caso você tenha dificuldades para isso e tem livros para “passar”, se morar entre São Paulo e Poços de Caldas mande um email que cuidarei para retirar os livros (san-caruso@hotmail.com)
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Um abraço,
Maria Angela

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Leitura para as férias

Educadores devem estar sempre atualizados. Assim, sugiro inicialmente dois bons livros para estas férias:
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- "Escola Reflexiva e nova racionalidade" - Isabel Alarcão, org. - Artmed Editora- Porto Alegre , 2001.
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Os autores nos levam a "refletir" sobre o papel da escola e de todos os que nela trabalham. Sugerem uma discussão sobre as relações interpessoais na escola , a interferência desta no alcance dos objetivos da instituição e a variação no nível de consciência dos profissionais -quem somos e as relações que estabelecemos com o outro.
Uma leitura indicada a todos os que fazem parte da instituição escolar.

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- " Como as crianças veem a cidade" - Arno Vogel, Vera Lucia de O. Vogel, Gerônimo E. de A. Leitão - Ed Pallas - 2006


Com o objetivo de desenvolver cidadania e refletir sobre os problemas urbanos causados pelas rapidas transformações na cidade do Rio de Janeiro, os pesquisadores desenvolveram um trabalho belíssimo sob a ótica das crianças. A pesquisa "ouviu" ,via cartas e desenhos, os alunos de escolas públicas e particulares de ensino fundamental, rastreando toda a cidade carioca.
Os resultados nos propõe uma análise bastante interessante sobre as visões das crianças a respeito de temas como : poluição, trânsito, moradia, o centro e as belezas da cidade. Nota-se ao longo da leitura e com análise criteriosa dos autores, que as ideias das crianças em alguns momentos são construídas por sua própria observação e vivência e em outros reprodução das falas dos adultos ou pela mídia local.
A leitura deste texto nos dá margem a pensar projetos de estudos bastante significativos que levem os alunos a descobrirem e pensarem criticamente as cidades onde vivem.


Boa leitura, boas férias!

Um abraço,

Maria Angela

O que se ganha com um “Novo ENEM”?

Em 1996 qual foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( LDB 9394/96), determinou-se um Ensino Médio ( antigo segundo grau) preocupado em garantir que os últimos anos da escolarização básica sejam consolidadas competências que permitam ao estudante cumprir sua função social como cidadão consciente e critico, ingressar no mercado de trabalho bem como seguir estudos técnicos e/ou universitários. Para tanto estruturou –se um currículo baseado em desenvolver uma gama de habilidades que em conjunto configuram as competências necessárias para resolver as situações problemas que encontradas na vida em sociedade. Por exemplo: “dominar a norma culta da Língua Portuguesa, compreender fenômenos naturais, enfrentar situações-problema, construir argumentações consistentes e elaborar propostas que atentem para as questões sociais.” (www.enem.inep.gov.br). Em outras palavras desenvolver leitura e compreensão bem como raciocínio lógico.
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Para que se pudesse acompanhar criteriosamente se o programa estabelecido para o Ensino Médio e fazer os ajustes necessários, foi criado em 1998 o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Uma prova coerente com os objetivos do Ensino Médio implantado, pois avalia a capacidade dos alunos em resolver situações . Não é uma prova conteúdista que basta ter decorado formulas, mas refletir sobre as questões e a partir do conhecimento que se tem do assunto encontrar uma solução possível.
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Quando criado, o ENEM foi pensado para, em poucos anos, servir como parte da avaliação dos candidatos as universidades do país. E a partir deste ano fazendo a substituição, em especial nas universidades públicas, dos tradicionais exames de vestibulares.
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O que se ganha com o “Novo ENEM”? Em minha opinião, em primeiro lugar ganham os estudantes pois , se a prova continuar mantendo a estrutura de “solução de situações problemas” ela passa a ser a forma mais democrática de seleção para a universidade, bem como para os programas de bolsa de estudos, pois não se trata de avaliar quem tem o conteúdo estudado na “ponta da língua”, mas quem é capaz de fazer uso consciente do que aprendeu.
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Em segundo lugar, ganham as escolas e consequentemente os alunos e toda a sociedade que desvinculados da imposição dos conteúdos determinados pelo vestibular tradicional – conhecimentos que na prática só servem para fazer a prova de ingresso para a universidade – estão “livres” para trabalhar assuntos cujo conhecimento será significativo para o aluno, uma vez que será imediatamente útil na sociedade que está inserido. Vale lembrar que mesmo com uma nova estrutura de Ensino Médio desde 1996, na prática, até hoje muitas escolas ainda se baseiam na “preparação para o vestibular” e nem sempre em preparar o aluno para ser, entre outros, universitário.
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Certamente que a indústria dos cursinhos pré vestibulares estarão em crise. Afinal sendo uma prova interdisciplinar – integra várias áreas do conhecimento numa mesma questão para a solução de situações problemas - não há pegadinhas ou macetes a serem treinados nem conceitos decorados que ajudarão na hora da prova.
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Este ano a prova do ENEM acontece nos dias 3 e 4 de outubro com 45 questões objetivas (múltipla escolha) em cada áreas do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias e uma redação.
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Vale lembrar que o ENEM será usado :
1. Como prova única para as Universidades Federais – os candidatos apontam, no ato da inscrição, até cinco cursos e universidades que desejam estudar e a escolha é feita partir dos resultados ele obtiver;
2. Como primeira fase ou pontuação complementar para universidades privadas de acordo com o estabelecido pela própria instituição;
3. Como critério para a seleção de bolsas de estudo no Programa Universidade para Todos (ProUni);
4. Como avaliação da qualidade do ensino promovido nas escolas de todo país.
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Há que se ter consciência de que as escolas voltem a se reorganizar para um currículo de habilidades e competência e serão os alunos que terminarão o Ensino Médio daqui três anos que nos darão indicadores mais precisos desta mudança no sistema educacional.
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Sem dúvida foi uma decisão audaciosa das autoridades e esperamos que o próximo governo mantenha com qualidade o programa que agora se inicia. E mais, que as escolas e seus profissionais recebam o incentivo por melhores condições de trabalho e os números apresentados nas estatísticas sejam compatíveis com a realidade.
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Um abraço,
Maria Angela

quarta-feira, 20 de maio de 2009



Movimento 70 anos de Pedagogia no Brasil
Novo ENEM? Vestibular modificado? Educação inclusiva? Escola de nove anos? Alfabetizar ou não nas séries iniciais? Provinha Brasil? Prouni ? O que é tudo isso?

Estas são algumas das perguntas que a população tem feito e que, em geral ouve ou reproduz sem saber do que se trata.
Educação no Brasil tem recebido notas abaixo da média em seu boletim e é preciso mudar este cenário. Entendendo que é a partir do conhecimento que se dá a valorização, a Faculdade de Pedagogia da PUC Minas – Poços de Caldas lançou o MOVIMENTO 70 ANOS DE PEDAGOGIA NO BRASIL.
Entre outros, o Movimento objetiva aproximar o mundo acadêmico da linguagem mais popular a fim de que toda a sociedade compreenda o que se faz em educação em nosso país. O diálogo universidade- população acontece via os meios de comunicação de massa. As rádios e TVs da cidade de Poços de Caldas são parceiras dos docentes da Pedagogia da PUC nesta maratona de esclarecimentos e valorização da educação.
Para quem sintoniza a FM 99,5 – Rádio Libertas, o programa Sala de Visitas que vai ao ar diariamente às 15horas acaba de dedicar o horário das quintas-feiras ao tema Educação. A cada semana um docente da Pedagogia fala sobre um tema especifico da área e responde as dúvidas dos ouvintes.

Fica aqui o convite para os cursos de Pedagogia em todo o país mobilizarem-se em suas cidades de origem.

Um pouco de História:
A primeira regulamentação do curso de Pedagogia se deu através do Decreto-Lei n. 1190 de 04 de abril de 1939, durante o governo Getúlio Vargas. Nestes 70 anos, a Pedagogia tem sido marcada pela aproximação às exigências do mundo produtivo, desencadeando mudanças significativas nas atividades pedagógicas.
Hoje, este campo de conhecimentos tem como área de estudos a criança e seus processos educativos. É esta área do conhecimento responsável por formar professores de Educação Infantil e primeiras séries do Ensino Fundamental. É responsabilidade deste profissional o atendimento às necessidades educacionais dos alunos, as necessidades pedagógicas dos professores e fazer a ponte-parceria com a família e a comunidade.
Além disso, outros campos de atuação vêm se configurando para o pedagogo: a pedagogia hospitalar, a atuação em empresas e a pedagogia social são exemplos de outras possibilidades de trabalho.

Para saber mais:
- SAVIANI, Dermeval - A pedagogia no Brasil: história e teoria. Campinas, SP: Autores Associados, 2008. (Coleção Memória da Educação)

- MARTINS, Fernando José - Pedagogia e Docência no Brasil - II Congresso Internacional do CIDInE: Novos contextos de formação, pesquisa mediação - in www.ispgaya.pt/cidine/cidine2009/PAPERCIDINE/P_MARTINS,%20F.pdf

- Pedagogia PUC Minas – Poços de Caldas
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Um abraço,
Maria Angela

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pedagogo, para quê?

“Péricles foi um célebre orador e estrategista que governou Atenas de 460-430 a.C., e ficou conhecido na história como a maior figura política daquela cidade.Estimulou as artes e a cultura, realizou grandes construções como o Partenon, templo pagão de insuperável perfeição arquitetônica e riqueza escultural de Atenas.Certa feita, promoveu uma grande festa em homenagem à beleza da cidade de Atenas, para a qual mandou convidar todos aqueles que de alguma forma haviam contribuído para que a cidade ficasse tão bela.Avisado que os convidados já estavam presentes, Péricles lançou seu olhar sobre os salões e notou escultores, pintores, arquitetos, políticos, mas não percebeu nenhum pedagogo.Chamou seus assistentes e lhes perguntou porque os pedagogos não estavam ali. E eles responderam: "porque não foram convidados, senhor. Afinal, não deram nenhuma contribuição para embelezar Atenas."Então Péricles ordenou: "vão convidá-los imediatamente para a festa, pois são eles que embelezam as almas dos atenienses."Interessante pensar no que isso significa.Importante refletir sobre o que significa ter o poder de esculpir nas almas daqueles que se dispõem ao aprendizado, à reflexão sobre os valores, as virtudes, o sentido da vida.E nesse contexto podemos dizer que os professores são escultores de almas, sim.Um dia um professor aposentado, alma sensível e dedicada, competente e estudioso, estava sendo entrevistado e lhe foi pedido para que falasse um pouco sobre sua maior produção literária, pois também é escritor, e ele falou com sabedoria: "minha maior produção são os meus alunos."De fato, quem tem acesso a um ser humano, numa sala de aula, predisposto a receber lições, poderá deixar uma grande e nobre produção.Trabalhar com as mentes e os corações é algo de valor inestimável.E como o professor também é um ser inacabado, a experiência numa sala de aula pode e deve ser uma grande oportunidade de ensinar aprendendo e aprender ensinando.No cômputo final, o resultado será uma grande experiência conjunta que faculta a ambas as partes momentos de embelezamento mútuo.Se você tem o elemento humano sob sua responsabilidade, lembre-se da importância dessa nobre tarefa e seja um artista dedicado a embelezar as almas dos seus educandos, pois é de almas belas e nobres que a humanidade precisa.
Pense nisso!
Você, que é professor(a), antes de iniciar a sua aula, olhe para os rostos que estão a sua frente e lembre-se de que são almas prontas a absorver suas lições.E não serão somente as instruções formais que irão captar, mas, acima de tudo, essas almas absorverão suas vibrações de amor, dedicação e entusiasmo com que se dirige a tudo. Afinal, ensinar é uma arte que requer mais do que simplesmente transferir informações.É a sabedoria de criar possibilidades para que cada aluno se produza e se construa a si mesmo com os elementos de reflexão que recebe do seu mestre.
Seja um bom escultor de almas.”
(autor desconhecido)

Dedico este texto a todos aqueles que administram o ensino superior brasileiro, aos reitores das universidades que insistem em não investir nos cursos de Pedagogia e impedem a implantação de cursos de licenciatura.
Haverá um momento em que não restarão profissionais com formação para o magistério ( e de qualidade) para atender, nem mesmo, os filhos das autoridades deste país.

Com carinho aos educadores, com pesar aos “homens de negócio”
Maria Angela

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Um pouco de José Saramago

"António Machado escreveu aquilo do
"Caminante no hay camino / Se hace camino al andar".
É o que estamos a tentar:
andar e fazer caminho, fazer caminho e andar.
A jornada será longa, mas não desanimaremos.
Em cada dia chegaremos, em cada dia partiremos.
Mais além, sempre mais além."
José Saramago

A exposição "José Saramago: A Consistência dos Sonhos" no Instituto Tomie Ohtake foi prorrogada até o dia 1 de março.

Trata-se de uma viagem pela vida e obra de José Saramago através de mais de 500 documentos originais, entre eles, poesias inéditas, e outros tantos digitalizados que são apresentados por meio de um desenho inovador que combina os recursos convencionais com os suportes digitais e audiovisuais, empregando mais de 50 monitores. O material traz obras inéditas, manuscritos, notas pessoais, primeiras edições, traduções, fotografias, vídeos e gravações originais que traçam a vida literária do escritor, assim como exploram as chaves de seu imaginário.
(fonte: www.universia.com.br e http://blog.josesaramago.org/)

Data: até 1 demarço de 2009 Horário: de terça a domingo das 11h às 20h Local: Instituto Tomie Ohtake Endereço: Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) - Pinheiros SP Entrada franca Informações: (11) 2245-1900

Aos 86 anos, o Prêmio Nobel de Literatura (1998) esteve no Brasil em novembro passado para o lançamento oficial de seu último livro: A Viagem do Elefante (Companhia das Letras, 264 páginas, R$ 42) . Nesta obra, Saramago narra a aventura verídica de um elefante que rumou, em 1531, de Lisboa a Viena, presente de um rei português.

Para saber mais sobre o escritor portugues, visite o site: http://www.josesaramago.org/site/

Um abraço,
Maria Angela

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Inicio do ano – Momento de conhecer os alunos II

Além do conhecimento das aprendizagens dos alunos, é preciso conhecer quem são como pessoas. O que pensam, seus sonhos, seus interesses, seu potencial “extra curricular” a fim de tornar os conteúdos programados significativos para os alunos e as aulas atinjam os objetivos e vençam a indisciplina.
Na Revista Nova Escola de dezembro de 2008, Juan Casassus, filósofo e sociólogo chileno, fala da necessidade do professor estar atento ao ambiente emocional que se cria nas aulas para a aprendizagem.
Sobre os alunos:
...”O sujeito da Educação deve deixar de ser encarado como puramente racional. Ele é um indivíduo que se divide em três partes: razão, emoção e corpo. Essa forma diferente de pensar muda completamente a maneira de ensinar, que até agora tem sido condutivista - ou seja, baseada na idéia de estímulo resposta: a crença de que bastava o professor explicar a matéria para que todos aprendessem. Isso fracassou e o que se observa, em geral, é uma desmotivação fenomenal nas crianças. É preciso pôr ênfase em outros aspectos. O principal deles é o que chamo de conectividade - competência que o professor tem para escutar o aluno, aceitá-lo sem preconceito e vê-lo como um ser humano.”
Sobre os conteúdos:
...”A mudança principal não é no "que" ensinar, é no "como". É saber que o interesse dos estudantes está relacionado às suas condições de vida e que se pode explicar qualquer matéria adaptando-a a essa lógica. É preciso estar preparado para situações inesperadas, encontrando soluções inéditas e criativas em vez de recorrer sempre ao mesmo jeito de ensinar.” (Fonte: O clima emocional é essencial para haver aprendizagem – Revista Nova Escola - edição 218 - dez/2008 (http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0218/aberto/clima-emocional-essencial-haver-aprendizagem-404452.shtml).)
Conhecer quem é o aluno auxilia o professor nos desafios que promove em aula, para que o aluno seja protagonista de suas experiências de aprendizagem e não mero repetidor de tarefas.

Sugestões de atividades para conhecer os alunos:

Entrevista coletiva:
Em pequenos grupos os alunos formulam as perguntas que serão usadas na entrevista.
As perguntas são trocadas e os grupos devem respondê-las por escrito.
Ao final, comenta-se perguntas e respostas a fim de que todos saibam o que se passa nos grupos.
O professor recolhe o material escrito para suas anotações pessoais sobre o grupo.

Entrevista Ping pong :

O professor organiza um questionário para que os alunos respondam por escrito ou verbalmente como um “ping pong” – rápido e objetivo. Um aluno pode ser o assistente para anotar no quadro as respostas. Depois, o grupo avalia as resposta e “desenha” o perfil da turma com o professor.


“Curtômetro”:

Os alunos preencherão o quadro daquilo que gostam ou não:

Bom início de ano letivo,

Um abraço

Maria Angela

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Inicio do ano – Momento de conhecer os alunos I

O período inicial do ano letivo é -para alguns professores e alunos- o momento de se conhecer mutuamente. Para o professor, em especial, trata-se de descobrir o que os alunos sabem ou como aprenderam determinados conceitos. Trata-se de organizar atividades que propiciem conhecer, entre outros, como é a produção escrita dos alunos, a compreensão do vocabulário especifico da área de estudos (linguagem científica), a oralidade, o raciocínio lógico, a organização de pensamento, a socialização... enfim. Independente da série ou matéria com a qual o professor irá trabalhar, estas são as habilidades / competências necessárias na vida dos alunos. Assim, estão presentes em todas as áreas e nas diversas fases do desenvolvimento.
Em muitas escolas, este período é conhecido como período de diagnóstico. Apesar da importância do momento para o planejamento das aulas, muitas vezes torna-se um período de avaliações. Provas surpresas, que em vez de contribuir com o professor para (re)conhecer a aprendizagem dos alunos, além de não ajudarem na a organização didático-pedagógica das aulas, camufla os resultados, causando medo, angústia, ansiedade ou insegurança em muitos dos alunos.

O que fazer com os resultados:

Retomemos ao significado de Diagnóstico – análise, avaliação, reconhecimento. Conhecimento (efetivo ou em confirmação) sobre algo, ao momento do seu exame; ou descrição minuciosa de algo, feita pelo examinador, classificador ou pesquisador. Um médico só determina a medicação a ser prescrita. Para o professor é mais ou menos a mesma coisa. A diagnose o levará a identificar, entre outros, que atividades podem ser propostas de modo a garantir aprendizagem significativa aos alunos.
Não se trata de simplesmente saber se os alunos escrevem bem ou não, se articulam bem as idéias ou não, se sabem sobre os assuntos ou não, se falam corretamente ou não. Mas, de como escrevem, como falam, como pensam, o que sabem, como aprenderam certos conceitos. Os dados coletados serão a base da programação do ano letivo. Detectados os pontos fortes e fracos dos alunos, planejar as aulas de modo a melhorar, aperfeiçoar, treinar, avançar. Fazer registros do desempenho dos alunos é garantir ao professor (e também ao aluno) a memória da qualidade das produções no início e compará-las com o que será desenvolvido ao longo do ano letivo.

Sugestões de atividades para o Período Diagnóstico:

.Debate:

Objetivo da atividade:
- Diagnosticar habilidades tais como:
- compreensão do que se lê,
- organização do pensamento ao expor as idéias,
- riqueza de vocabulário e uso correto do mesmo,
- expressão oral das idéias,
- respeito às ideias dos colegas e o momento de falar,
- poder de argumentação e raciocínio lógico,
- conhecimentos sobre o assunto em pauta,

Observação: cuidado para que a discussão não fique apenas entre alguns alunos, afinal o objetivo é ouvir a grande parte do grupo, se não todos. Não há censura para as respostas/ colocações dos alunos; para conhecer o grupo vale deixar as ideias surgirem, apenas mediando para que o assunto não tome outro caminho e garantindo os objetivos da atividade.

Material: um artigo de jornal ou revista sobre algum assunto que está em voga ou com alguma ligação mais direta com a matéria. Lembre-se: não perca de vista a interdissiplinariedade, a globalização do conhecimento, assim, todos os assuntos são valiosos para esta atividade. Obviamente se optar por um tema mais próximo da sua área de especialização, poderá ampliar os objetivos da atividade. (veja exemplos / sugestões no quadro I)

Desenvolvimento: a leitura do texto, abertura para debate

Duração: uma aula

Avaliação : registre a participação dos alunos de acordo com os objetivos propostos. É possível usar códigos que represente a qualidade da participação ( S = satisfatório F = fraco B = bom, etc)

(quadro I - Clique na imagem para visualizar)

No site da revista “Ciência Hoje” pode-se encontrar artigos muito interessantes para debater com as turmas: http://cienciahoje.uol.com.br/ (tem um link especifico para crianças ).


Produção escrita:

Objetivo da atividade:
- Diagnosticar habilidades tais como:
· organização do pensamento na escrita
· riqueza de vocabulário e uso correto do mesmo
· caligrafia
· ortografia
· coerência e coesão textual
· poder de argumentação e raciocínio lógico
· conhecimentos sobre o assunto em pauta

Propostas de atividades:

A- Escolha um dos temas abaixo e escreva em até dois parágrafos sobre o assunto:
§ Aquecimento global;
§ Nanotecnologia;
§ Astronomia;
§ Células tronco;
§ Reforma ortográfica;
§ Presidência dos Estados Unidos;
§ Outros.

B- Que solução você daria para estes problemas? Escolha um deles e escreva em até dois parágrafos:
- os problemas de transporte coletivo no meu bairro;
- crianças e jovens que se drogam no centro das grandes cidades;
- qualidade da educação no país;
- alagamento nas cidades;
- outros.

C - Dê sua opinião sobre um destes temas. Escreva em até dois parágrafos:
° animais que são abandonados pelas ruas;
° vestibular;
° reforma ortográfica;
° Brasil sediar a copa do mundo;
° programas infantis na TV;
° gravidez na adolescência;
° usar mochila de rodinhas na escola;
° merenda escolar,
° outros.

Material: folhas avulsas para a produção do texto que será recolhido pelo professor

Duração: uma aula

Avaliação: registre a qualidade do desempenho dos alunos de acordo com os objetivos propostos.

Variações: os temas sugeridos para a produção escrita podem gerar material para debate. O debate feito com base nas matérias de jornais podem ser os temas para a produção escrita, e assim por diante. O importante é não deixar de propor atividades que garantam as duas competências: oralidade e escrita.



Um abraço,
Maria Angela
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Organize a agenda para iniciar o ano letivo

Antes que o período letivo comece, professores, coordenadores e direção já estão a postos, preparando a escola para a chegada dos alunos. É nesse momento que se organizam as agendas para as chamadas “ saídas pedagógicas”.
Selecionei alguns lugares que considero especiais. Proponho que na semana de planejamento a equipe pedagógica da escola e o corpo docente vá “passear” nestes lugares e elaborem juntos possibilidades de projetos interdisciplinares.
Caso decidam por não levar os alunos, pelo menos agregaram valor à sua formação cultural, tão necessária para o exercício da profissão.

- Museu do Escuro
Localizado em Campinas, à 100 km de São Paulo, o Museu do Escuro ou Museu do Diálogo é uma alternativa inédita para que crianças, jovens e adultos possam exercitar todos os sentidos, exceto a visão. E ainda, a confiança e o relacionamento entre as pessoas.
Na entrada do Museu, o visitante recebe uma bengala e é guiado por um deficiente visual. Estimula-se o tato, olfato, mas, sobretudo a audição: “o Diálogo no nome deste Museu refere-se à escuta e à fala atenta, que todo o tempo nos orienta e nos faz existir dentro da absoluta escuridão. Sem diálogo cuidadoso, empenhado, nós nos perdemos, nós não existimos, é essa uma das lições deste maravilhoso Museu onde o que há não é para ser visto” (http://paraserzen.blogspirit.com/agenda/).
Visitar este Museu pode render interessantes projetos na área das relações interpessoais – discriminação, preconceito, aceitação do outro, formação de equipe de trabalho, entre outros.

Para saber mais:
http://www.dialogonoescuro.blogspot.com/
Shopping Galeria, Rodovia D. Pedro I km 131,5 - Campinas (SP)
Fone (19) 3207-0608
Visitas: de terça à sexta das 9h às 17h30; sábados e domingos das 12h às 20h15.
A duração do tour varia de acordo com a faixa etária do grupo.

- Conhecendo o Palácio do Governo do Estado de São Paulo:
O Palácio dos Bandeirantes não é apenas a sede oficial do governo do Estado e moradia do Governador. É um local cheio de história e obras de arte: Tarsila do Amaral, Tomie Othake, Maria Bonomi, Cândido Portinari, Djanira, Di Cavalcanti, entre outros.
Palácio do Horto - residência de veraneio do Governador, aberta desde maio de 2008 à visitação . Sua localização é privilegiada, praticamente no coração da maior floresta nativa urbana do mundo: O Parque Estadual da Cantareira. Além das obras de arte e a história da construção, é possível fazer um estudo da fauna da região, que abriga diversas espécies de animais, como macaco, tucano, capivara, gambá, socó, garça, tico-tico, serelepe e martim pescador, que por ali passeiam livremente. E nos jardins do Palácio do Horto, encontram-se preservadas 90% de árvores nativas, como pau-brasil, carvalho-nacional, pau-ferro e jatobá, eucalipto, pinheiro-do-brejo e outras.
Além das visitas guiadas, o Palácio do Horto ainda oferece oficinas e exposições de arte.

Palácio dos Bandeirantes:
Avenida Morumbi, 4.500 - Portão 2.- Morumbi - São Paulo -SP
Informações: (11)2193-8282 - Agendamento Eletrônico: www.acervo.sp.gov.br
Visitas: de terça à sexta-feira, das 10 às 17 horas sempre em horas cheias.
Sábados, domingos e feriados, das 11, às 16h, sempre em horas cheias .
Todas as visitas são acompanhadas por educadores.
Entrada franca.

Palácio do Horto:
Rua do Horto, 931Bairro: Horto Florestal – São Paulo – SP
Informações: (011) 2193-8282 - Agendamento Eletrônico: www.acervo.sp.gov.br
Visitas orientadas: Sábados, domingos e feriados: das 10h às 15h - de hora em hora, grupos de 20 pessoas4ª, 5ª e 6ª feiras : 10h e 14h

Para saber mais: www.acervo.sp.gov.br

- Descubra a Orquestra
A Orquestra Sinfônica do Estado De São Paulo – OSESP - vem desenvolvendo projetos educacionais de formação de professores e de público. O Programa Descubra a Orquestra oferece ao professor e seus alunos um Concerto Didático, com apresentações preparadas especialmente para o público estudantil e definidas de acordo com a faixa etária dos alunos que assistirão ao espetáculo.
OBS: As inscrições para este programa acontecem de 16 a 20 de fevereiro/09.

Especialmente ao professor, a OSESP oferece um curso de formação para quem tem conhecimento musical ou não, com objetivo de fornecer subsídios teórico-práticos para a realização de atividades musicais nas escolas. O curso é organizado em três aulas presenciais (aos sábados) e mais 30 horas de educação à distância via internet .

Para saber mais:
www.osesp.art.br/educacionais
Núcleo de Educação Musical
Fone: 11- 3367 9572 educacionais@osesp.art.br
Sala São Paulo Praça Júlio Prestes, s/nº - Luz - São Paulo -SP

- Vivenciando o Patrimônio
A Sala de São Paulo é a “casa” da Orquestra Sinfônica do Estado. Assim, além dos programas educacionais dirigidos à música propriamente dita, a fundação oferece um programa dedicado ao conhecimento histórico e preservação do patrimônio do estado – Vivenciando o Patrimônio.
O programa de visitação aborda a história do edifício, bem como sua importância como patrimônio histórico e marco da cidade. Explica o projeto de construção e a acústica da Sala São Paulo, além de detalhes sobre o funcionamento da sala de concertos.

Para saber mais:
www.osesp.art.br/educacionais
Núcleo de Educação PatrimonialFones: 11- 3367 9573 e 3367 9574
salasp-monitoria@osesp.art.br
Sala São Paulo - Praça Júlio Prestes, s/nº - Luz - São Paulo -SP

Um abraço,
Maria Angela
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O Ano Novo e as Novidades!

No final deste mês iniciaremos um novo ano letivo, que vem sendo programado desde o último semestre de 2008.
Para aqueles que trabalham nas escolas públicas dos municípios, certamente novidades virão em breve, graças à chegada de novos secretários da educação, que foram empossados ontem em todo o País. Na cidade do Rio de janeiro, por exemplo, o prefeito Eduardo Paes já anunciou a mudança no sistema de avaliação-aprovação dos alunos da rede municipal de ensino. Pretende-se que a aprovação automática seja extinta, cabendo à secretaria de educação apresentar um novo projeto (o Decreto 28.878, de 17/12/2007, foi revogado nesta quinta-feira 01/01/2009 conforme o Diário Oficial daquele município).
Independente da instituição, privada ou pública, um ano nunca é idêntico ao outro. Há sempre um professor, um funcionário ou um aluno que acaba de chegar à escola e precisam ser acolhidos por todos. Surgem novos temas para projetos e novos desafios, de acordo com as dificuldades de aprendizagem dos alunos e/ou propostas de ordem pedagógica-administrativa.
Acredito que o maior desafio que todos nós iremos enfrentar no início deste ano é a adequação às novas regras ortográficas, que estão em vigor desde ontem, 01/01/2009.
Como os livros ainda não estarão atualizados, ter as regras em mãos e “atualizar” a escrita dos mesmos junto com os alunos pode render um exercício interessante e significativo para todos -alunos e professores .
Segue um quadro com o resumo das regras. A sugestão é que os exemplos sejam construídos com os alunos. Clique na imagem para vê-la ampliada.

A nova ortografia – O que muda?


Para aprofundar este tema:
"Escrevendo Pela Nova Ortografia" Autor: Instituto Antônio Houaiss e
José Carlos de Azeredo (Coordenação e assistência
técnica) Editora:Publifolha



Feliz 2009 para todos!
Um abraço,
Maria Angela